quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nunca chegue bêbado na casa de pessoas criativas, oportunistas e sacanas

Comédia (ou tragédia) em quantos atos forem necessários

Personagens:

A criativa
A oportunista
O sacana
A que ferveu pro texto ser publicado
                                       
O criativizado, oportunizado e sacaneado.
Cena 1.
(21/04/2010. Edifício Dom José. três batidas suaves na porta, 21:45)
- Oi.
- Oi. To f*****. Você vai brigar comigo.
- Por quê? Você ta bêbado?
- ummmm hummmmmm.
- Relaxa, ta todo mundo bêbado. (Primeiro sinal de oportunismo)
- (para os demais) Boaaa noite.
- Boa noite. (primeiro sinal de criatividade)
- Boa noite. (Olhares. Primeiro sinal de sacanagem).
(Entra no quarto. A criativa, a oportunista e o sacana continuam conversando na sala. Som de queda no quarto).
- O que foi?
- Não percebeu?
- Ta bebinho...
- Pega a câmera!
(22:35. Dois saem. Dois permanecem.)
- Meu, vai tomar um banho frio.
- Ta, já vou ficar melhor.
(22:37. O criativizado vai pro banho.)
- Cara, com essas imagens você pode fazer o que quiser, pode pedir pra ele assinar o que você quiser... !
- ... !
- ... !
- Pega um papel ali!
(E assim prosseguiram as 3 mentes, a criativa, a oportunista e a sacana, escrevendo as coisas mais bizarras, absurdas, criativas, oportunistas e sacanas que se tem notícia.)
(23:10 toc toc toc na porta do banheiro) Tudo bem ai?
- Aaaaa haaaammmmm.
(Já em acordo que a coleta da assinatura seria proveniente de um concurso para ver quem consegue assinar certo mesmo estando bêbado, segue a conversa sobre coisas banais, sobre a disposição dos continentes, Galileu Galilei e o movimento de rotação e translação da Terra, alinhamento de poderes políticos, evolução do homem, H1N1 e sobre outras construções ideológicas.)
(23:45. O oportunizado sai do banho. Eu vou tomar banho e ouço todos os “não” “assina aqui”, “sai daqui”, “vem aqui”, “some daqui”. Saio do banho e percebo que tudo esta certo. O sacaneado dorme, e a assinatura descansa no papel.).

Cena 2.
(24/04/2010. Não vi as horas. Joe Bananas. Em off:)
- Viu, ele vai falar que não assinou nada porque tava bêbado.
- Então vamos pegar a assinatura de novo.
- Como?
- Hey, pessoal, vamos fazer uma surpresa pra Eva? Todo mundo escreve e assine o nome no papel, e depois a gente escreve alguma coisa pra ela.
- Ta, alguém tira ela daqui pra gente fazer a surpresa.
- Eva, vem aqui fora um pouquinho.
- que foi? (O plano mirabolante foi explicado, tudo ficou certo).
O Momento oportuno


2º Ato

(25/04/2010. Edifício Dom José. Aproximadamente16:47h)
- Eva, a gente tem um presente de aniversário pra você. Queríamos que você lesse pra Eva.
- “Declaro para os devidos fins que (...) [segue-se uma série de itens para os quais até o sacana fez cara de dó]... Se houver quebra ou reicidência do contrato, o áudio, vídeo e/ou fotos serão publicados...” Cara eu não assinei isso! Eu assinei um papel em branco, vocês colocaram depois.
- Não, não, só passamos a limpo o que já havia sido feito!

Como todos podem perceber, um dos itens do contrato já foi quebrado no domingo mesmo, por isso a publicação da história, e uma parcela pequena de imagens foi publicada. O contrato continua em vigência. Prosseguimos aguardando. Lembrando que o contrato foi feito para não ser quebrado.
O contrato


Agradeço a todas as testemunhas idôneas que assinaram.



sexta-feira, 23 de abril de 2010

Falando em festa...

Cocktail Party
Não tenho vergonha de dizer que estou triste,
Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas:
Estou triste por que vocês são burros e feios
E não morrem nunca...
Minha alma assenta-se no cordão da calçada
E chora,
Olhando as poças barrentas que a chuva deixou.
Eu sigo adiante. Misturo-me a vocês. Acho vocês uns amores.
Na minha cara há um vasto sorriso pintado a vermelhão.
E trocamos brindes,
Acreditamos em tudo o que vem nos jornais.
Somos democratas e escravocratas.
Nossas almas*? Sei lá!
Mas como são belos os filmes coloridos!
(Ainda mais os de assuntos bíblicos...)
Desce o crepúsculo
E, quando a primeira estrelinha ia refletir-se em todas as poças
d'água,
Acenderam-se de súbito os postes de iluminação! 
(Mário Quintana) 

 
*Andei pelas ruas hoje procurando almas. É impressionante o fato de que não as encontrei. Encontrei rostos. Não encontrei almas. Encontrei o sorriso fútil de uma vendedora de jóias na Galeria Suiça. Encontrei o descaso diante do cadeirante que tentava atravessar a Marechal. Encontrei um menino chutando uma pomba (qualquer um chutaria, tudo bem, a pomba não tem alma). Encontrei meia dúzia de vadios na escadaria da Federal. Ok, muito mais que meia dúzia. Encontrei o olhar de deboche do mendigo, o oportunismo da senhora, e a extorsão do senhor que vende chicletes na esquina da José Loureiro. Encontrei as vozes de adolecentes nojentos de várias idades, sussurando cantadas baratas e porcas. Encontrei futilidades. Sai pra procurar almas e encontrei tristezas. Não encontrei alma em você, oh apaixonado por causas nobres. Não encontrei alma em você, libertário que saiu em busca de novas experiências. Não encontrei alma em você, pessoa que disse que não me deixaria sozinha. Egoismo, interesse no efêmero, desinteresse no eterno. O que aconteceu com a sensatez, com a conciência do eterno? Andei pelas ruas hoje procurando almas. Elas fugiram diante de sentimentos vulgares. Elas não podem acompanhar esses sentimento. Acorde! Você está perdendo a sua alma! E eu estou a procurar a minha.

terça-feira, 13 de abril de 2010

what's going on?

        Eis que estava indo no gerúndio tomar banho quando ouço minha vizinha ouvindo aqueles cd´s de hits internacionais de novelas, e uma música me deu um saudosismo enorme.
        Lembrei até da abertura da novela que trazia essa música em sua trilha sonora. Era do início dos anos 90. Lembrei da abertura da novela, dos nomes dos personagens e até de atores. Lembrei de que série em que estudava quando a novela passava, do horário e do nome do programa de clipes que transmitia incessantemente a música (era o Cliptonita), do meu primo me ensinando a tocar esta música, mas a letra da dita e quem cantava, não lembrava de jeito nenhum.
        Com todos os tipos de nostalgias reunidos saí do banho e fui imediatamente procurar a letra no Google. Perguntei pras gurias lá de casa, ninguém lembrava. A Jaque até lembrou de uma “versão brasileira: As Mineirinhas”, mas ninguém sabia uma palavra dela em inglês.
        E com o avançadíssimo recurso que o Google fornece de digitar um pedaço da palavra e aparecer a palavra inteira, digitei “and I say” e já apareceu: and i say hey what´s going on (entre outros). Cliquei nas opções e vi que no fórum do cifra clube uma anta que atende por “jefão” procura pela mesma música. Vejam:

“Ai pessoal to querendo saber o nome de uma música ou quem canta para poder baixar na rede, só sei um pedaço, se alguem souber, me diz ai: e uma balada internacional de violão no inicio assim é no meio ooo my good a try ...in try.....for revolutions.......depoisfica assim yeahhh yeahh yeahhh a see ray....acho q é isso, é um homem q canta tem a voz parecida com a de mulher meio fina e aguda.”

Bah... Bom, o importante é que com todas as pistas, recursos e tecnologias, encontrei a letra, a cifra, a tradução, os vídeos, as versões os covers, os alfacers e etceters.
Até me empolguei a tocar violão de novo, depois de longos meses, meu, a guria tem um violão (quase) igual o meu!



(essa net ta mto lenta, depois carrego o vídeo. Fiquem com o link por enquanto)

 

sábado, 10 de abril de 2010

3) Disserte sobre o que aprendeu com as situações anteriores.

R: Eu aprendi que devemos avisar as pessoas quando as informações são falsas. Aprendi que devemos ser transparentes para que todos percebam que as informações verdadeiras são de fato verdadeiras. Aprendi a me comunicar calmamente e a viver contente em toda e qualquer situação. Aprendi a fazer amizade com as enfermeiras e com os internos. Aprendi a contrabandear comida e roubar senhas de porta de hospital. Aprendi que todas as salas tem passagens secretas e também aprendi a ensinar isso a quem realmente precisa saber. Aprendi que tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: Há tempo de esperar, e tempo de entender.

Escher. Drawing Hands

terça-feira, 6 de abril de 2010

Exercício
1) Preencha com V para Verdadeiro e F para Falso.

(  ) Ela não mora mais ali. Foi embora e está morando com um tal de Alberto.
(  ) Ele a amava, ela não o amou. Ele fugiu para que ninguém soubesse. Ele não fala mais com ela. Ele não volta para que não saibam que agora ele é gay.
(  ) Ela não me deu o vestido pela mesma razão que não me deu os dinossauros.
(  ) Ele a feriu porque também havia sido ferido quando criança.
(  ) Ela quis que ele fosse embora, e agora está bem melhor assim.
(  ) Eles se afastaram de nós porque agora tem outra família.
(  ) Elas perderam o controle da moto e bateram em uma árvore.

2) Relacione as afirmações aos números correspondentes:

(   ) Ela não mora mais ali. Foi embora e está morando com um tal de Alberto.
(   ) Ele a amava, ela não o amou. Ele fugiu para que ninguém soubesse. Ele não fala mais com ela. Ele não volta para que não saibam que agora ele é gay.
(   ) Ela não me deu o vestido pela mesma razão que não me deu os dinossauros.
(   ) Ele a feriu porque também havia sido ferido quando criança.
(   ) Ela quis que ele fosse embora, e agora está bem melhor assim.
(   ) Eles se afastaram de nós porque agora tem outra família.
(   ) Elas perderam o controle da moto e bateram em uma árvore.

(1) Ela disse
(2) Ele disse
(3) Você disse
(4) Eles disseram



“Ele saiu antes do caminhão do gás. Isso é mais ou menos umas 9:30AM. E todo mundo diz que ele nem olhou prá trás. Isso pelo menos é o que todo mundo diz. Então ele correu até a próxima estação. Isso é mais ou menos uma duas quadras. E todo mundo diz que ele entrou por trás. Isso pelo menos é o que todo mundo diz. Ele voltou antes do jantar. Isso é mais ou menos umas 17:50PM. Ele nunca esteve tão feliz. Isso pelo menos é o que todo mundo diz. Aparência. Transparência. Quem vê cara não vê o que só Deus pode ver.” (E daí? Resgate)
Ps.

(V) Todas as afirmações são falsas e se referem a pessoas e situações distintas.
(F) Todas as afirmações são verdadeiras e se referem às mesmas pessoas.

(5) Eu disse.