domingo, 26 de dezembro de 2010

Siga o mestre!

     Pela primeira vez em 7 anos passo um final de ano realmente à toa: nenhum resquício de greve de faculdade, nenhum trabalho atrasado, nenhuma mudança de cidade. Na mala, só roupas leves, chinelos e presentes. Apenas um livro.
     O principal motivo desta calmaria foi ter finalmente, depois de tanta leitura, escrita, mudança de idéia, mudança de fundamentação teórica, mudança de humor, conseguido, mesmo que não totalmente satisfeita, terminar e defender a dissertação!
      3 ou 4 anos lendo Qorpo-Santo, todos os tipos de antropologia possíveis, carregando o computador pra onde quer que eu fosse...  Os seis mezes de uma enfermidade de Qorpo-Santo me resultaram em uma enfermidade de 30 meses. Agora experimento um fim de ano tranqüilo, e espero um ano novo bom, podendo voltar a fazer o que gosto, não o que preciso. Não que não precise fazer o que gosto, mas... enfim, agora que saí da faculdade vou finalmente poder estudar!
      No dia da minha defesa, ao me despedir da banca um dos professores me perguntou qual seria o próximo passo. Poderia ter dito que seria aprofundar o tema, abranger a pesquisa, procurar alguma linha de pesquisa para seguir um doutorado, ingressar em um grupo de pesquisa... Mas a única coisa que me veio à cabeça foi “lavar meus tênis”. Obviamente não externei meu pensamento. Só pude responder: “Revisar o texto e corrigir o que for preciso, depois penso no próximo passo; uma coisa de cada vez.”
      Agora, a mais de 500 km de Curitiba, com os tênis lavados, os parentes reunidos em um curto período de férias de uma semana, vai ai um convite – para agora ou para quando voltar – Quem quer brincar de siga o mestre!?
Ps: eventuais falta de coerência no texto se devem ao número excessivo de pessoas falando em alemão à minha volta.