terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Quem ama visita!

E pra quem dizia que minha família não me ama, taí uma prova que isso é mentira!

Depois de quase dois anos em Curitiba, minha mãe, minha irmã, meu cunhado e meu sobrinho resolvem conhecer meu lar doce lar, meu zuhause lieblich zuhause, conforme está escrito errado na porta, ou minha hausebier, como leu minha irmã. Tá bom, não vieram só pra me ver, eles estavam em Florianópolis e passaram por aqui. Há quem diga que se me amassem mesmo teriam me levado pra Florianópolis. (E há quem diga que se me amassem mesmo teriam ido me visitar em Toledo, quando eu morava lá!) :0(

Mas, não duvidando que me amam, fiquei tão feliz que fiz uma janta, uma(s) lasanha(s) que fiz com minhas próprias pernas (trocadilho digno de Odete Holland para algo que fui ao mercado comprar), e convidei amigos para comprovarem esse momento de amor em família. E relembrando aquele Cd das antigas do G3, o “nada tão velho / nada tão novo”, eis imagens deste dia:


Fala de um: Sérgio, não vá embora sem tirar uma foto com o João Vitor!
Sérgio: Ah não, deixa pra uma próxima!
Outro: Mas na próxima o João Vitor já vai ter cabelo!

Outro ainda: E dentes!





Já é bom não trabalhar a noite! Não fosse pelo adicional noturno e pelo fato de todo mundo ter o que fazer nas noites normais do ano, eu mudaria de turno pra vida toda! Os jantares bizarros na minha casa estão me fazendo mais feliz nesses dias: salada de chuchu, salada de xuxu, cação ensopado, arroz do pântano, queijo, vinho, chocolate, salada de beterraba, e até jaca. É. Jaca.




Receitas pra desgrudar a jaca da mão

1) Jogue sal na mão. Depois jogue óleo. Jogue açucar. Cubra com farinha. Ponha pra assar.

2) Jogue óleo na mão. Jogue detergente. Jogue álcool. Ateie fogo.








quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Desencadeando amanhãs


(Foto da Jaqueline)


“Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até o fim” Eclesiastes 3:11


Nunca fiz planos. Absolutamente nunca. Medo de frustração? Talvez. Mas prefiro esperar que a vida seja uma surpresa – E foi justamente o que pedi para 2009: “Ah, Deus, faz surpresa!” E Ele fez. A surpresa foi que as surpresas me fizeram fazer planos. Mas não é disso que quero falar.

Não que eu ache errado fazer planos, até respeito quem faz, mas eu ainda acho que não consigo. Quem conhece um pouco da minha história sabe que tudo o que eu decidi fazer deu certo, todas as viagens, cursos, empregos, mudanças de cidade, mas tudo foi fruto mais de impulsividade que de planejamento. Acho que é isso: não faço planos porque sei que não tenho controle sobre o amanhã!

Por exemplo: no início de fevereiro de 2002 sabia que passaria o feriado de carnaval em Campo Grande. Só não sabia que essa decisão me faria ficar um ano lá. Sabia que passaria esse fim de semana com o Bio, não sabia que ele estaria comigo o ano todo. E quando disse “tchau”, não sabia que demoraria 4 anos para voltar. Sabia que iria pra Cascavel fazer vestibular pra Teatro em 2003. Só não sabia que o curso seria cancelado e a escolha de última hora (uma hora antes) da primeira prova do vestibular pelo curso de Ciências Sociais me levaria a um mestrado em Antropologia Social. Mestrado... justo eu que nem vontade de terminar o 2º grau tinha...

Sabia que daria um abraço de despedida em minha prima no dia 29 de abril de 2001. Não sabia que seria o último. Sabia o que responder à Anacléa quando me perguntou que tipo de música eu ouvia. Não sabia que minha resposta faria com que a gente fosse amiga durante os 4 anos da faculdade, e muitos outros anos... Sei quais são meus amigos que serão meus amigos pra sempre, mesmo passando décadas sem vê-los. Mas não sabia disso no primeiro jogo de vôlei, na primeira matança de aula, no primeiro café, no primeiro “oi, de onde você é?”. Agora sei (não fiz planos, mas decidi!) quem são as pessoas que vou amar pra sempre, mesmo que não o soubesse na primeira troca de fraldas, no primeiro abraço, na primeira briga, no primeiro ou último tchau, no primeiro “eu te odeio”, no primeiro “me ajude a subir nesta árvore”, no primeiro “oi, por acaso você é ator?”

É... a vida é assim. Se não posso assim como Manoel de Barros ser uma “fazedora de amanhecer”, ao menos sigo o lema dos alcoólicos anônimos, vivendo “um dia de cada vez”, ciente de que minha vida é assim, um desencadeado de amanhãs.

Posso até saber como o dia começa, jamais saberei como eleterminará. O que dizer deste ano, ou desta breve vida?





"Toda carne é erva, e toda sua glória como a flor da erva; seca-se a erva e caem as flores, sopando nelas o hálito do Senhor. Na verdade, o povo é erva, seca-se a erva e cai sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente." Isaías 40:6-8



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

"Minhas férias"


          Uma homenagem a todas as professoras xaropes que tive no Castelo Branco que davam este tema de redação no primeiro dia letivo do ano. (Confesso que saber que deveria escrever sobre as férias no início do ano me instigava a fazer mais coisas bizarras).

“Minhas férias não foram bem “férias”. Foram 11 dias, forçosamente estendidos pra 12. Pra variar, quase perdi o ônibus pra Toledo chegando na rodoviária em cima da hora e também porque a Princesa dos Campos não avisou que um tal de Rimatur prestaria serviços a eles nesse dia (23/12). A alemoada foi se achegando à casa da Oma aos poucos. Por causa do chimarrão não fui jogar futebol na lona com a Déo. Por causa da Carla e do Werles não fui jogar futebol na lona com a Déo. Por causa da preguiça não fui jogar futebol na lona com a Déo.

Com objetivo de levar a alemoada ao Mato Grosso do Sul, pai, mãe e eu (em dias diferentes) pegamos o Metro (politano) antes de todos. Mas pelo jeito a alemoada ficou com medo do que dizia a placa antes da ponte. A alemoada do Mato Grosso (Mato Grosso mesmo, tá!) apareceu por lá, ficaram 2 dias, (tirando as 14 horas que passaram no Paraguay comprando Tequila) e nunca mais foram vistos por aquelas bandas. Ah, Kety, Iara (minhas irmãs) e eu também fizemos nossas compritas por lá.

Na “virada”, todos dormíamos depois de comer a sopa de sal que meu pai fez. A alemoada corajosa que apareceu por lá pra alegrar nossos dias e ajudar a comer, tomar terere e a salvar o pequeno Pitt Bull que papai Noel por falta de chaminé jogou na piscina, também foi pro Paraguay. Não esquecerei da noite em que sai pra passear com a corrente e o cadeado do portão pra me certificar de que ninguém me trancaria pra fora. E da jogatina de quase todas as noites (uno, e aquele que não mencionamos). E também do tradicional bobó de frango que só o Gabriel sabe fazer (continue assim, amigo!) e o envolvimento emocional da Laila e da Viviane no filme sem noção. Zé com febre, Daiane me roubando no jogo, Ana e Déo tentando impedir Laila de comer os papéis de bala que a Viviane jogava. Marcelo, perdeu o bobó, bobão!


O bobó e os bocós.

Sem carona e sem passagem de volta pra Curitiba, fui pra Cascavel e lá fiquei até segunda a noite, acrescentando mais quatro horas de débito ao meu banco de horas já estourado no trabalho. Pelo menos assim ainda pude jogar meu sobrinho pra cima mais algumas vezes e decorar de vez as cantigas de ninar que o pobrezinho ouve 24 horas por dia. E também reencontrar ex-unioesteanos: Lays, Juliano e Roberto. E fomos felizes para sempre. E assim foram minhas “férias” que não foram “férias”, mas 11 dias forçosamente estendidos pra 12.”

          Mesmo passados 8 dias deste já novo ano, desejo que ele seja feliz para todos, aos que lêem este blog, aos que não lêem, aos 295 amigos que reencontrei pelas ruas, rodoviárias e casas das cidades por onde andei, aos que não reencontrei, aos que ficaram em Curitiba e aos que foram a outros lugares, à minha família (a alemoada e agregados) que amo tanto, e a todos que conhecem o uso correto da crase.

Que Deus abençoe a todos que o deixarem abençoar neste ano!