Com objetivo menos analítico que exercício da prática da escrita para que os dedos não percam a agilidade no teclado e o cérebro não se acostume ao ato da não escrita.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Rua XV, dia 12*
Pinheiro
Janela ilumina
Luz de vela pisca pisca da calçada farol de carro ambulância luminária poste pisca olho pisca fecha abre fecha abre fecha abre e não fecha mais
Rua XV, dia 12
Coral dublado. Sono dobrado. Sonho
Não importa o que é, mas tudo ilumina
Até o som
Eu pensei que todo mundo sabia que não era filho de papai noel
Enquanto holofotes iluminam janelas iluminadas
Vendem-se pulserinhas iluminadas
Orelhinha de gato iluminada
Capetinha iluminado
Não importa o que é, mas tudo ilumina.
Explode a luz verMElha
Mas isso não impede que eu repita
ExpLode a LUZ ver de
Mas isso não impede que eu rePIta
A tal felicidade eu PENsei que foSSe uma brincadeira de PA PEL
Ex PLO de a luz a zul ziiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinha
Faz um tempo que pedi
ExploDE a luz bRanca
Mas isso não imPEde que eu repita
Explode
Com certeza já morreu
Mas isso não imPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPede
EX plo de ver Me lhO a MA re LO
B R A N co Ver de co lo ri do ro
Xo cinza não explode ver MA a de re ri N xo lhO Ver R ro B do LO A
Mas isso não impede que eu repita
Só eu que acho isso sinceramente triste?
*12/12/08
**meu computador tá com vermes. Não consegui inserir imagens.
Imagine fogos de artifícios.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Gira corre pula roda brinca sem parar
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Isso é um trabalho para... o público!
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Crônicas de uma vida inviável
Crio este blog em um dia em que meu trabalho não me deixa estudar. Como não bastasse o cansaço, suor e sujeira acumulada por todo um dia de calor insuportável em Curitiba (!), estouro um sachet de maionese no colo e, sem nenhum tipo de papel para me limpar em minha mesa, viro-me para procurar algo na mesa de trás e nada encontro. Pelo menos o que me consola é que também não estava lá a colega da mesa de trás.
Em homenagem a Qorpo-Santo (inspirador da idéia de criar este blog) relembro a célebre frase dita pela boca de um de seus personagens: “eis o que há de se fazer a certos funcionários públicos: enforcá-los!” e inicio com este esboço de “Etnografia de uma vida inviável”. Não a minha, a da colega da mesa de trás.
Alguém aqui tem um colega de trabalho mala pra trocar comigo? Olha que pode fazer um bom negócio... eis alguns aspectos interessantes de sua vida:
· Seu avô tem 111 anos e não morre;
· Sua avó já era pra ter morrido a mais de 3 anos e não morre;
· Seus irmãos tem todos os carros que você já quis ter na vida;
· Além de diversos imóveis e outros bens materiais, também tem um “bem” com nome de ator de novela mexicana, do qual não nos poupa dos detalhes sórdidos;
· Seu tio lhe trouxe alface da Rússia para colocar na sopa;
· Seu avô tem uma plantação de fruta do conde hidropônica;
· Já morou na Inglaterra com seu ex-marido, (mas também já disse que moraram na Itália, pelo que passei a duvidar da incapacidade de onipresença do ser humano);
· Namora seu atual namorado antes mesmo de casar com seu ex-marido;
· Sua mãe já fez aniversário pelo menos umas duas vezes neste ano;
· ...
Teria ainda tantas e tantas coisas para listar, pensei em escrever “Crônicas de uma vida inviável”, mas dado à complexidade das relações de parentesco e inúmeros ciclos míticos que as envolvem, achei que uma etnografia seria mais... viável.
Isso não faz sentido, mas é só pra constar que todas as vezes que eu postar coisas sem sentido, possivelmente será porque toda minha paciência ficou na mesa de trás.
E neste momento também relembro que minha mudança para essa mesa em que estou (imposta pela nossa chefe), provavelmente foi idéia dela...